Este ano está passando rápido demais. Mês de Novembro começando e me parece que Janeiro foi ontem. É sempre assim, estamos a todo tempo nos encontrando no mês que não era esperado, no dia errado. Mesmo assim, de repente o susto:
- Meu Deus, o Natal é no mês que vem!
- Pior, - responde alguém – mês que vem se encerra o ano de 2016.
- Já pensou!
Esta é a conversa repetitiva de todos nós, em todos os anos, a vida inteira. Não, não vai mudar!
Nestas pequenas conversas leves e repetitivas é que a vida se constrói. São os começos de assuntos outros como para saber da família e dos amigos.
- Seu pai como vai?
- Você não soube? Morreu há três meses.
- Meus sentimentos meu amigo, e sua mãe?
- Vai levando dentro do possível. Esta entrando em depressão, a solidão era estranha a sua vida e entrou sem avisar.
- Cara, tem hora que somos pegos na contra mão desta vida e trombamos com estas situações que não queremos, não esperamos, mas inevitáveis.
E mais:
- Maria, você está grávida?
- Com a barriga que estou, ou estou grávida ou cheia de gases.
- Maria, seu humor não muda mesmo. Que bom!
- Se não brincar eu choro, pois estou vomitando de quatro a cinco vezes ao dia. Parece receita médica!
- Já, já isto passa, é só no começo.
- Acontece que estou de sete meses. Se isto é começo meu nenê vai nascer daqui dois anos!
Joana, a amiga de Maria teve um frouxo de riso, daqueles em que rimos descontroladamente pelo inusitado do momento.
Nestes contra pontos da vida vamos nos assustando com o mês em que estamos, com a alta do custo de vida, com o calor que não termina.
É bom! Estamos vivos!
